

20 ANOS Oco Teatro Laboratório
Um Cavalo de Teatro

Celebrando duas décadas de trajetória, o grupo Oco Teatro Laboratório e Aude Produções Artísticas, lançam um projeto comemorativo e integrador que conecta tradição, arte e resistência.
Em parceria com o Coletivo Serra Grande (Uruçuca) e o projeto nômade Circencriarte nas Aldeias, esta iniciativa propõe um intercâmbio artístico-cultural envolvendo cinco aldeias indígenas da Bahia: Tupinambá de Abaeté, Tupinambá de Acuípe de Baixo, Tupinambá Amotara, Pataxó Coroa Vermelha e Pataxó Hã-Hã-Hae Caramuru Paraguaçu.
O projeto se desdobra em pesquisa, criação, produção e pedagogia, tendo como eixo central a montagem do novo espetáculo de teatro de rua “Cavalo de Teatro”, nutrido pelas trocas com os territórios originários e suas potências criativas.
Um rito de passagem coletivo, onde o palco é a rua, a aldeia, a escola e o coração de quem acredita na arte como ferramenta de transformação social.
Este projeto foi contemplado nos Editais da Política Nacional Aldir Blanc Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Cultura do Estado via PNAB, direcionada pelo Ministério da Cultura - Governo Federal.
UM CAVALO DE TEATRO
Um cavalo é um cavalo
de Troia até a Serra
no mar também abre espaços,
cavalga, abraça e corteja.
Um cavalo é um cavalo
mediação aqui na Terra
comunica neste mundo
alma e espírito, eternas.
De madeira ou de papel
de tecido ou de veletas
um cavalo é um cavalo
que cavalga pela Serra.
Gosto da sua esperança
boas-vindas, cura velha,
mediando aqueles que foram
para montá-lo a sabendas
e se mostrar para nós
depois da vida e nas lendas.
Força, saúde, liberta, abre
espaços que se fecham.
Um cavalo é um cavalo
na saúde e na doença.
O nosso cavalo invade
espaços, cidades e aldeias,
para se abrir todo, todinho
e abraçar com suas lendas
coisas lindas de cavalo
que conquistam pela senda
do caminho que se foi
do caminho que ainda eterna
volta retorna conosco
em vinte lutas vivências.
Um cavalo é um cavalo,
sem mais lenga, lenga-lenga.
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(criação coletiva)
Oco Teatro Laboratório e Coletivo Serra Grande.
"O caos da linguagem representa o caos repentino da existência humana, a existência deles num mesmo espaço-tempo. A desordem como sinal prévio da demolição, do colapso ao vazio. Neste ponto, restauramos esse vazio. O vazio como um valor e não como uma perda. O vazio, na arte de hoje, corresponde ao espaço da criação, a desautomatização da linguagem e o surgimento da nova obra".
Luis Alonso-Aude
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